Hugo Oliveira, Lorena De Oliveira, Eliane Gonçalves
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Abstract
A teoria tradicional sobre o direito à cidade resultou em uma ausência de debate sobre mulheres e gênero quanto ao uso e pertença ao espaço urbano, apagando as diferentes formas de vivenciar a cidade entre homens e mulheres. A partir dessa lacuna debatemos o direito à cidade numa perspectiva feminista e interseccional, argumentando sobre as diferentes experiências de mulheres nos espaços urbanos a partir de raça, classe e geração. Depois, pensando em atos públicos do movimento feminista, como a Marcha das Vadias, discutimos os diferentes posicionamentos e formas de ação política dentro do feminismo a partir de marcadores sociais de diferença, tomando como ponto central a questão geracional. Com isso nos perguntamos como as mulheres jovens lutam nas e pelas cidades? Para responder essa questão fazemos uma análise de entrevistas com mulheres jovens que participaram do movimento de ocupações secundaristas de 2015 e 2016, discutindo seu protagonismo no movimento, além de outras questões como os processos de subjetivação desencadeados na luta pelas cidades.