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Abstract
Partindo do pressuposto — já amplamente compartilhado — de que há distintas tradições dentro da crítica genética, este artigo recupera um ensaio de Jorge Luís Borges, “El escritor argentino y la tradición” (1957), para caminhar, a partir dele, em direção às ideias de periferia apresentadas por María Teresa Gramuglio — “El cosmopolitismo de las literaturas periféricas” (2008) — e de circulação, presentes em Gisèle Sapiro — “How Do Literary Works Cross Borders (or Not)?” (2016) —, e assim explorar a “tensão dialética” que Élida Lois enxerga entre as críticas genéticas europeia e latino-americana — “Los estudios de crítica genética en el campo de la literatura hispano-americana” (2012). Explora-se então a teoria genética de modo contrastivo, recuperando, para além de É. Lois, autoras como Ana María Barrenechea, Telê Ancona Lopez e Graciela Goldchluk, aproximando-as de críticos canônicos como Almuth Grésillon e Louis Hay. Conclui-se este artigo com o debate — ancorado em Nora Catelli e Raúl Antelo — sobre o pertencimento complexo de pesquisadores enraizados em espaços periféricos a sistemas intelectuais do Norte global.