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Abstract
Perguntava-se Mallarmé, em "Os deuses antigos" se, acaso, algum espírito imbuído de preconceito acreditaria que as divindades já não têm mais lugar na terra. Contra tal prevenção respondia acenando com a poesia: a leitura das mais belas páginas das letras francesas mostra que nada morreu de tudo aquilo que foi um dia o culto espiritual da raça. O intento do presente artigo é destacar que a pergunta e a resposta do poeta estão no centro vivo da argumentação de Olgária Matos. Que, para ela, lendas fazem todo o sentido, aqui e agora, na situação moderna. Que a embriaguez com que se cumpre o trato do mundo antigo com o cosmos, antes que a ciência venha a desenfeitiçá-lo, a tem interessado muito mais que a denúncia do desencanto da ciência, nisso residindo sua marca interessante.