{"title":"NEGOCIAÇÕES COLETIVAS E DIFERENCIAIS NOS SALÁRIOS NORMATIVOS EM FÁBRICAS AUTOMOBILÍSTICAS BRASILEIRAS ENTRE 2011 E 2013","authors":"Rosana Ribeiro, Joseli Fernanda Nappi","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n2.44623","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é analisar os diferenciais dos pisos salariais nos polos antigos e novos do setor automotivo no período 2011–13. Os resultados revelam que os diferenciais entre os pisos salariais das fábricas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e os salários normativos daquelas localizadas no interior paulista são reduzidos. Mas tal diferencial assume valor significativo no cotejo dos pisos salariais das fábricas localizadas no antigo polo automotivo da RMSP e daquelas situadas fora do estado de São Paulo. Cabe ressaltar que os pisos salariais são mais elevados nas fábricas localizadas na RMSP do que naquelas situadas em outras unidades da federação, exceto os valores dos pisos salariais das plantas automotivas do Paraná. Noutras palavras, os resultados sugerem que custo salarial não seria relevante na interiorização do setor automotivo em São Paulo. No caso das empresas automotivas paranaenses, o estudo dos salários normativos indica que tais valores se alteram no tempo e podem atingir ou ultrapassar os pisos salariais das fábricas da RMSP. Assim, os hiatos entre os valores dos salários normativos nos polos automotivos antigos e novos podem se estreitar e alterar as desvantagens salariais de fábricas inauguradas no passado recente. Os menores salários normativos nos novos polos seriam vantagens competitivas temporárias. Tais mudanças nos pisos salariais dependem das estruturas produtivas e do mercado de trabalho regional, bem como das estratégias sindicais adotadas nas negociações coletivas.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da ABET","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n2.44623","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O propósito deste artigo é analisar os diferenciais dos pisos salariais nos polos antigos e novos do setor automotivo no período 2011–13. Os resultados revelam que os diferenciais entre os pisos salariais das fábricas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e os salários normativos daquelas localizadas no interior paulista são reduzidos. Mas tal diferencial assume valor significativo no cotejo dos pisos salariais das fábricas localizadas no antigo polo automotivo da RMSP e daquelas situadas fora do estado de São Paulo. Cabe ressaltar que os pisos salariais são mais elevados nas fábricas localizadas na RMSP do que naquelas situadas em outras unidades da federação, exceto os valores dos pisos salariais das plantas automotivas do Paraná. Noutras palavras, os resultados sugerem que custo salarial não seria relevante na interiorização do setor automotivo em São Paulo. No caso das empresas automotivas paranaenses, o estudo dos salários normativos indica que tais valores se alteram no tempo e podem atingir ou ultrapassar os pisos salariais das fábricas da RMSP. Assim, os hiatos entre os valores dos salários normativos nos polos automotivos antigos e novos podem se estreitar e alterar as desvantagens salariais de fábricas inauguradas no passado recente. Os menores salários normativos nos novos polos seriam vantagens competitivas temporárias. Tais mudanças nos pisos salariais dependem das estruturas produtivas e do mercado de trabalho regional, bem como das estratégias sindicais adotadas nas negociações coletivas.