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Abstract
Este artigo aborda a samuraização, ou seja, a valorização e instrumentalização da tradição samurai, ocorridas durante o processo de modernização e consolidação do Estado japonês durante a Era Meiji (1868-1912). Buscamos discutir aqui como se deu essa samuraização, ou, em outras palavras, responder à questão de como e porque a samuraização ocorreu. Para isso se busca identificar os métodos e as razões que nortearam esse processo, trabalhando com a hipótese, que resulta confirmada na conclusão, de que este foi um processo de imaginação, ou invenção, do Japão moderno como uma comunidade. Para isso as fontes analisadas serão tanto documentos oficiais do governo Meiji, notadamente o Rescrito Imperial dos Soldados e Marinheiros de 1882, a Constituição do Império do Japão de 1889, o Rescrito Imperial para a Educação de 1890, o Código Civil de 1898, e o relatório do general Yamagata Aritomo sobre o exército japonês, escrito em 1908, assim como textos de época, escritos por autores independentes como Inazo Nitobe, Dairoku Kikuchi e Lafcadio Hearn. Como referenciais teóricos serão trabalhados conceitos como “Comunidade Imaginada”, cunhado por Benedict Anderson, “tradição”, principalmente na concepção de Edward Shils e “tradição inventada”, segundo Eric Hobsbawm.