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Abstract
Resumo O desequilíbrio ambiental global evidenciou uma crise civilizatória. Embora tenha produzido grandes contribuições à vida em sociedade, a ciência moderna se constituiu de forma eurocêntrica e excludente. Com isso, pessoas de saberes diversos, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos, foram afastadas do ambiente acadêmico-científico. A partir de autores como Enrique Dussel, Boaventura Sousa Santos e Enrique Leff, este trabalho tem como objetivo discutir sobre como vivências de estudantes universitários de diferentes origens podem contribuir para o enriquecimento científico e para uma ciência decolonial. Informações foram levantadas a partir de observações e entrevistas com universitários amazônidas. Os resultados mostraram que o arcabouço de conhecimentos desses estudantes tem sido subutilizado, o que se reflete em sua desvalorização no ambiente acadêmico. Maior integração universidade-sociedade, o diálogo e a ecologia de saberes constituem propostas para permitir maior integração desses estudantes e a construção de uma produção científica decolonial.