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Abstract
Com base na visão crítica do filósofo sul-coreano, Byung-Chul Han, de que a ordem digital está descoisificando o mundo ao informatizá-lo, o artigo propõe uma reflexão sobre os riscos da migração humana para a infosfera ou para o mundo-das-não-coisas. Em tal universo, somente as informações digitais prevalecem, circulando ininterruptamente, surpreendendo, excitando, e, com isso, inaugurando uma nova forma de controle social. Pelas vias desse tipo de comunicação de massa, o virtual se impõe aos fatos, relativizando a relação com verdade e verificação e, consequentemente, com democracia, memória e história. A psicopolítica, sistema de poder hegemônico atual, é a quem interessa essa manobra do psiquismo humano pela contínua positividade estimuladora, que visa transformar cidadãos em meros phono sapiens jogadores de uma ‘realidade’ gamificada. Por isso, o momento exige debate a respeito dos limites permitidos às tecnologias e à inteligência artificial, pois se passam a servir de sinônimo à anulação do mundo-das-coisas é porque nos ameaçam com a perda do mundo como tal.