Rafaela Matos, A. M. S. Mesquita, G. Pires, Elcio Magdalena Giovani
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Abstract
Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) é uma condição que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo vírus da imunodeficiência humana. Em 1996, foi lançada a terapia antirretroviral altamente potente, com o objetivo de desacelerar a imunodeficiência e restaurar a imunidade desses pacientes, ampliando sua expectativa de vida. Consequentemente, surgiu a necessidade de reabilitar odontologicamente esses pacientes, visando melhorar sua saúde bucal, autoestima e qualidade de vida. Objetivo: Este estudo foi desenhado para avaliar as mudanças dimensionais verticais no nível do osso peri-implantar em torno da colocação de implantes dentários em pacientes com aids usando terapia antirretroviral altamente potente. Métodos: Para a avaliação do nível ósseo, foram utilizadas tomografia computadorizada de feixe cônico, radiografias panorâmicas e radiografias periapicais nos períodos zero, dois, quatro e seis meses após a instalação dos implantes. As imagens foram digitalizadas e analisadas nos programas Adobe Photoshop CS5 e Digimizer 3.1.1.0. Resultados: Foram instalados 13 implantes que apresentaram perda óssea peri-implantar média de 0,26 mm no primeiro bimestre, 0,13 mm no segundo e 0,18 mm no terceiro bimestre, totalizando perda óssea peri-implantar média de 0,57 mm no semestre. Conclusão: Apesar das diversas alterações metabólicas que podem afetar esses pacientes em razão de infecção, terapia medicamentosa, resposta imune e ausência de quociente de estabilidade e torque de inserção adequados, todos os implantes apresentaram osseointegração, bem como os parâmetros de sucesso clínico após a instalação do implante, e o grau de perda óssea nesse período está dentro do esperado de acordo com outros estudos.