Adriana Barbosa Oliveira Marrega, Milton Junior Marrega, Maria Silvia Rosa Santana
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Abstract
Este artigo foi tema de discussão no XII SCIENCULT – Simpósio Científico-Cultural, evento ocorrido na UEMS, Unidade Universitária de Paranaíba, em outubro de 2017. Ao inserir o conceito da Pós-Verdade no contexto educacional, é possível perceber que discutir sobre educação tornou-se um clichê. Todos se consideram na condição de falar sobre o tema como se possuíssem domínio de toda a complexidade que envolve a educação, especialmente a escolar. Ao fazer isso, simplificam e vulgarizam a educação escolar. O presente artigo se propõe a provocar reflexão a partir de uma análise crítica do conceito de “Pós-verdade”, especialmente a partir do trabalho de Duarte (2008) no livro “Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões?”, utilizando como base de referência estudos sobre a Psicologia Histórico-Cultural e a Pedagogia Histórico-Crítica, decorrentes de pesquisas teórico-conceituais realizadas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da UEMS, unidade universitária de Paranaíba, e de estudos realizados no contexto do GEPPE – Grupo de Estudos e Pesquisas em Práxis Educacional. Conclui-se que a inserção da "Era da Pós-Verdade" no plano da educação escolar produz um esvaziamento da complexidade dos processos de formação humana que nela ocorrem, à medida que desconsidera o processo histórico de caracterização da escola, processo este promovido pelos preceitos ideológicos do modo de estruturação capitalista da sociedade. As pedagogias do “Aprender a Aprender”, ao responsabilizar o indivíduo por seu desenvolvimento e relativizar a importância dos conteúdos científicos e do trabalho educativo, materializam o esvaziamento do conhecimento da realidade promovido pela Pós-Verdade.