{"title":"Regarding Animals: Kant's Account of Self-Deception and Its Relevance to Animal Welfare Advocacy","authors":"Maria Eugênia Zanchet","doi":"10.18012/arf.v9i3.65348","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nas últimas décadas, a desconstrução do paradigma antropocêntrico colocou questões como a exploração animal no centro dos debates éticos e meta-éticos modernos. Este tema tem sido o foco de atenção também no âmbito dos estudos Kantianos. À luz das diferenças fundamentais entre seres humanos e animais e da impossibilidade posta pela teoria de Kant de atribuir deveres diretos aos animais, tornar sua filosofia prática útil para a defesa do bem-estar animal parece uma tarefa impossível. A esta dificuldade soma-se a crítica de que uma teoria baseada em princípios universais e deveres individuais pode ser inadequada para lidar com o bem-estar animal sob considerações culturais e situacionais. Ao abordar estes desafios, pretendo mostrar que a filosofia prática de Kant fornece recursos valiosos para a defesa do bem-estar animal. Neste espírito, eu sustento que, embora limitado, o tratamento de Kant acerca do auto-engano é uma forma promissora de fazer a ponte entre o bem-estar animal e o ethos da sua teoria moral.","PeriodicalId":268271,"journal":{"name":"Aufklärung: journal of philosophy","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Aufklärung: journal of philosophy","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18012/arf.v9i3.65348","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Nas últimas décadas, a desconstrução do paradigma antropocêntrico colocou questões como a exploração animal no centro dos debates éticos e meta-éticos modernos. Este tema tem sido o foco de atenção também no âmbito dos estudos Kantianos. À luz das diferenças fundamentais entre seres humanos e animais e da impossibilidade posta pela teoria de Kant de atribuir deveres diretos aos animais, tornar sua filosofia prática útil para a defesa do bem-estar animal parece uma tarefa impossível. A esta dificuldade soma-se a crítica de que uma teoria baseada em princípios universais e deveres individuais pode ser inadequada para lidar com o bem-estar animal sob considerações culturais e situacionais. Ao abordar estes desafios, pretendo mostrar que a filosofia prática de Kant fornece recursos valiosos para a defesa do bem-estar animal. Neste espírito, eu sustento que, embora limitado, o tratamento de Kant acerca do auto-engano é uma forma promissora de fazer a ponte entre o bem-estar animal e o ethos da sua teoria moral.