André De Menezes Gonçalves Gonçalves, M. Passos, Carolina Batista Fernandes, Ilana Rangel Messias, S. Barçante, A. Barbosa, S.M.A. Sias, R. Bravo, F. Ferry
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Abstract
Introdução: A eliminação da sífilis congênita é um desafio da saúde pública mundial, mesmo tendo diagnóstico e tratamento definidos. A falha de planos anteriores força as autoridades a repensar as estratégias de detecção e controle, sendo a notificação compulsória ferramenta importante na obtenção de dados. Objetivo: Analisar as notificações de sífilis congênita entre janeiro de 2016 e agosto de 2020 pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário Antônio Pedro. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo dos dados de fichas de notificação de sífilis congênita no Hospital Universitário Antônio Pedro. Na análise descritiva das variáveis categóricas foram utilizadas as frequências absolutas e relativas, já para numéricas foram utilizadas medidas tendência central e dispersão. Foram feitas correlação de Spearman, testes de Mann-Whitney e exato de Fisher, com o software R (versão 4.0.3). Foram considerados os critérios de Hills para causalidade. Resultados: Das 67 fichas examinadas, foram excluídas duas por duplicidade. Foram analisadas 48 variáveis. Nenhuma ficha estava completamente preenchida e alguns dados estavam ausentes em mais de 90%. Dos dados maternos: 60% de Niterói (RJ), com idade de 23,09 anos em média, pardas (32,31%), 13,85% pararam os estudos entre a quinta e a oitava série e 80% fizeram pré-natal, porém menos da metade teve tratamento adequado indicado. Quanto às crianças: 55,38% eram do sexo feminino, 40% pardas, com idade média de 90,98 dias e 72,31% nasceram no Hospital Universitário Antônio Pedro, sendo isso significativo para serem assintomáticas (69,23%, p=0,001) e, quando presente, o sintoma foi a icterícia. Conclusão: A melhora do seguimento e investigação dos casos notificados pode diminuir significativamente essa alta porcentagem de informações ausentes, melhorando a qualidade da informação. A grande maioria fez acompanhamento pré-natal e, portanto, trata- -se de caso evitável, já que o diagnóstico materno no período periparto acontece quando a transmissão vertical já ocorreu.