{"title":"Gestores, Engajamento e Comportamentos Políticos: Uma Relação Não Linear","authors":"Romulo Matos de Moraes, A. Teixeira","doi":"10.1590/1982-7849rac2020180255","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Contexto normalmente ligados aos centros de poder e tomada de decisão, os gestores encontram-se mais próximos aos efeitos da Percepção de Política nas Organizações, um fenômeno considerado contraproducente, porém inerente à própria existência das instituições. Objetivo este estudo investiga como gestores de diversas empresas, com diferentes níveis de Engajamento no Trabalho encaram a presença de comportamentos políticos em suas organizações. Método dados de uma survey com 1498 gestores foram submetidos a análise de clusters; regressões múltiplas lineares e não lineares subsidiaram testes de hipóteses. Resultados na maioria dos casos analisados, a resiliência, o envolvimento e a concentração mitigaram a percepção de comportamentos políticos na organização. Entretanto, constatou-se uma quebra de paradigma entre os altamente engajados: o Engajamento impactou no aumento da Percepção de Política. Conclusões Engajamento no Trabalho e Percepção de Política na Organização relacionam-se de forma curvilínea, indicando que não são necessariamente antagônicos. O estudo indica que gestores emocionalmente e cognitivamente estruturados tendem a aumentar seu engajamento mesmo diante de uma elevada percepção de um ambiente político, revelando uma perspectiva positiva às práticas de gestão: fomentar um maior entendimento e conexão com o ambiente organizacional possivelmente trará resultados mais eficazes do que tentativas de coibir ou negligenciar os comportamentos políticos.Classificação JEL: D72, G32, C2.","PeriodicalId":429649,"journal":{"name":"Revista de Administração Contemporânea","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Administração Contemporânea","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2020180255","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO Contexto normalmente ligados aos centros de poder e tomada de decisão, os gestores encontram-se mais próximos aos efeitos da Percepção de Política nas Organizações, um fenômeno considerado contraproducente, porém inerente à própria existência das instituições. Objetivo este estudo investiga como gestores de diversas empresas, com diferentes níveis de Engajamento no Trabalho encaram a presença de comportamentos políticos em suas organizações. Método dados de uma survey com 1498 gestores foram submetidos a análise de clusters; regressões múltiplas lineares e não lineares subsidiaram testes de hipóteses. Resultados na maioria dos casos analisados, a resiliência, o envolvimento e a concentração mitigaram a percepção de comportamentos políticos na organização. Entretanto, constatou-se uma quebra de paradigma entre os altamente engajados: o Engajamento impactou no aumento da Percepção de Política. Conclusões Engajamento no Trabalho e Percepção de Política na Organização relacionam-se de forma curvilínea, indicando que não são necessariamente antagônicos. O estudo indica que gestores emocionalmente e cognitivamente estruturados tendem a aumentar seu engajamento mesmo diante de uma elevada percepção de um ambiente político, revelando uma perspectiva positiva às práticas de gestão: fomentar um maior entendimento e conexão com o ambiente organizacional possivelmente trará resultados mais eficazes do que tentativas de coibir ou negligenciar os comportamentos políticos.Classificação JEL: D72, G32, C2.