R. S. Santana, Andrezza Aparecida Aleixo, Rainna Fontes Gonçalves Costa, Laerte Honorato Borges Júnior, J. Pereira, Janaína Carla Silva Oliveira, V. Azevedo
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Abstract
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QV) dos pacientes com fibrose cística (FC) acompanhados por um centro de referência de Minas Gerais mediante a aplicação de questionário específico e validado.MÉTODOS: Estudo transversal, de análise quantitativa, com aplicação do questionário de QV em FC, escore de Shwachman-Kulczycki e valores espirométricos. A amostra do estudo foi composta por 26 pacientes com idade de 6 a 29 anos e 13 pais de crianças com idade de 6 a 13 anos. Os participantes foram divididos em três grupos: grupo I (6 a 13 anos), grupo II (pais ou cuidadores de crianças de 6 a 13 anos), grupo III (≥14 anos). Os escores foram apresentados por médias e medianas e analisados por meio do teste de correlação linear de Pearson. Foi adotado o nível de significância de 5%.RESULTADOS: Os pacientes com FC acompanhados neste hospital de referência de Minas Gerais apresentavam boa percepção de QV e escore de Shwachman-Kulczycki excelente. No grupo I, foram encontrados valores menores para o domínio digestório (67,49%) e maiores para o domínio execução de tratamento (83,84%). No grupo II observou-se menores pontuações no domínio peso (65,70%) e maiores na imagem corporal (84,61%). No grupo III, valores menores para o domínio social (71,12%) e maiores para alimentação (92,47%). Com relação aos valores espirométricos, encontrou-se valores significativos correlacionando a relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo e a capacidade vital forçada (VEF1/CVF) aos domínios físico/percepção da saúde e funcionalidade no grupo III.CONCLUSÕES: Os pacientes com FC acompanhados no centro de referência deste estudo apresentaram boa percepção de QV, o que pode ser verificado, na maioria dos domínios analisados, por escores superiores a 50. O uso de questionários específicos para avaliação de QV é um método de baixo custo e de fácil aplicação, devendo ser verdadeiramente incluído à rotina dos serviços de saúde que atendem a população diagnosticada com FC.