Nathan Marcondes Freitas Leite, Pâmela Mayara De Oliveira, Carolina Naville de Farias, Pollyanna Marcondes
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Abstract
Introdução: A infecção do sistema nervoso por larvas de Taenia solium, com sua posterior cistificação e calcificação é um fenômeno comum observado em países que possuem características rurais, como ocorre em parte do Brasil. É parte do ciclo vital do parasita, de transmissão fecal-oral através da ingestão de ovos que, ao eclodirem, originam larvas que se infiltram no cérebro do hospedeiro. A fim de realizar a avaliação do cisticerco e orientar a conduta terapêutica é preciso realizar a Tomografia Computadorizada (TC) de crânio ou exames de Ressonância Magnética (RM). Objetivo: O presente estudo objetiva elencar o papel da TC de crânio e da RM na avaliação da neurocisticercose. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada na base de dados PubMed, com recorte temporal de 2012-2022 e somente artigos em inglês. Os critérios de exclusão foram artigos não relacionados à neurocisticercose ou não direcionados à neuroimagem. Resultados: As imagens obtidas por meio da TC e RM permitem observar diversos aspectos do cisticerco, como o estágio da infecção, estágio do cisto e a presença de inflamação envolvendo o local. Cistos vesiculares vivos normalmente aparecem como pequenas lesões redondas com pouca ou nenhuma inflamação ao redor, que não são evidenciadas por contraste. Os cistos propriamente ditos mostram um scolex em seu interior, na forma de um nódulo assimétrico. Nesse estágio, múltiplos cistos podem ser observados no cérebro, confirmando o diagnóstico. Quando se inicia a degradação do cisto, é possível observar bordas irregulares, associadas à inflamação do local. Lesões nodulares são compatíveis com o estágio granular, possuindo um aro hiperintenso representativo de gliose. Por fim, os cistos calcificados são claramente identificados nódulos hiperdensos sem presença de edema. Conclusão: Por se tratar de uma doença de caráter endêmico no Brasil, é de vital importância compreender os aspectos da neuroimagem que permitem o diagnóstico diferencial. Para tanto, estudos nessa área continuam relevantes a fim de orientar uma melhor identificação dos estágios do parasita e subsequente conduta clínica.