{"title":"ADAPTAÇÕES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO AO ENVELHECIMENTO E AO TREINAMENTO: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE A SARCOPENIA E A DINAPENIA","authors":"Rochelle Rocha Costa, Thaís Reichert, L. Kruel","doi":"10.22456/2316-2171.76610","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O crescimento da população idosa ressalta a importância da investigação sobre os efeitos do envelhecimento no sistema musculoesquelético. O objetivo desse estudo foi discutir sobre a terminologia da sarcopenia e da dinapenia, bem como revisar as adaptações do músculo esquelético ao envelhecimento e ao treinamento de força. A busca eletrônica foi conduzida nas bases de dados MEDLINE e Scopus em março de 2016 utilizando-se os termos aging, skeletal muscle, strength e dynapenia. O declínio da capacidade de produção de força muscular em decorrência do envelhecimento recebeu a denominação científico-clínica de Dinapenia. Apesar disto, ainda existe uma gama de pesquisadores que utiliza esta definição como parte do construto de Sarcopenia. Fatores neurais e fatores musculares constituem os mecanismos que contribuem para a instalação da dinapenia. Os fatores neurais englobam alterações no recrutamento e na sincronização de unidades motoras, a queda taxa de disparo e na velocidade de condução nervosa, a denervação das fibras musculares tipo II (rápidas) por morte neuronal e reinervação das fibras tipo I (lentas). Os fatores musculares são constituídos por alterações na arquitetura muscular, mudanças de tipo de fibra, disfunções no processo de acoplamento excitação-contração, alterações estruturais na miosina e infiltrações de lipídios intra e intermusculares. A dinapenia é diagnosticada baseada em uma avaliação dos fatores de risco, do teste de força de extensão de joelhos ou preensão manual. A partir do entendimento dos diversos mecanismos que contribuem para a instalação da dinapenia, pesquisadores das ciências da saúde podem ter embasamento para uma melhor prescrição de tratamentos preventivos ou mesmo de reabilitação da dinapenia. ","PeriodicalId":405933,"journal":{"name":"Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento","volume":"120 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2316-2171.76610","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O crescimento da população idosa ressalta a importância da investigação sobre os efeitos do envelhecimento no sistema musculoesquelético. O objetivo desse estudo foi discutir sobre a terminologia da sarcopenia e da dinapenia, bem como revisar as adaptações do músculo esquelético ao envelhecimento e ao treinamento de força. A busca eletrônica foi conduzida nas bases de dados MEDLINE e Scopus em março de 2016 utilizando-se os termos aging, skeletal muscle, strength e dynapenia. O declínio da capacidade de produção de força muscular em decorrência do envelhecimento recebeu a denominação científico-clínica de Dinapenia. Apesar disto, ainda existe uma gama de pesquisadores que utiliza esta definição como parte do construto de Sarcopenia. Fatores neurais e fatores musculares constituem os mecanismos que contribuem para a instalação da dinapenia. Os fatores neurais englobam alterações no recrutamento e na sincronização de unidades motoras, a queda taxa de disparo e na velocidade de condução nervosa, a denervação das fibras musculares tipo II (rápidas) por morte neuronal e reinervação das fibras tipo I (lentas). Os fatores musculares são constituídos por alterações na arquitetura muscular, mudanças de tipo de fibra, disfunções no processo de acoplamento excitação-contração, alterações estruturais na miosina e infiltrações de lipídios intra e intermusculares. A dinapenia é diagnosticada baseada em uma avaliação dos fatores de risco, do teste de força de extensão de joelhos ou preensão manual. A partir do entendimento dos diversos mecanismos que contribuem para a instalação da dinapenia, pesquisadores das ciências da saúde podem ter embasamento para uma melhor prescrição de tratamentos preventivos ou mesmo de reabilitação da dinapenia.