Camila Alves Rocha, Giselle Ferreira de Souza, Maria Eduarda Ponchet Rebouças, M. Y. Martins, Silvia Fernandes Ribeiro DA Silvia
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Abstract
A Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN), é uma doença complexa que ocorre em decorrência da incompatibilidade materno-fetal, principalmente devido ao sistema Rh. Se a mãe for Rh-negativa (dd) e o feto Rh-positivo (DD ou Dd), a mãe tem probabilidade de até 9% de ser estimulada a produzir anticorpos anti-D. A aloimunização materna é evitada com o uso de imunidade passiva, no qual se administra na mãe imunoglobulina anti-D para eliminar as hemácias fetais que passaram para a sua corrente sanguínea após o parto. Em geral, é comum que o primeiro bebê Rh-positivo de mãe Rh-negativa não seja afetado, porque a mãe ainda não foi imunizada. Porém, se após esse primeiro filho, a mãe não receba a profilaxia, as hemácias do feto, que transportam o antígeno D do pai, imunizam a mãe e estimulam a produção de anticorpos IgG, que é o responsável pela DHRN, pois é o único que atravessa a barreira placentária. Diante do exposto, o principal objetivo desse artigo de revisão foi discorrer sobre a fisiopatologia da DHRN, dando ênfase em dois pontos principais: como ocorre a aloimunização Rh materna e como pode ser evitada. Além disso, serão abordados os métodos de diagnóstico utilizados no pré-natal. Para tanto, foi feita uma busca ativa de informações nas plataformas Scielo e PubMed, que resultaram na seleção de 9 artigos publicados entre 2012 e 2022. Por meio dessa revisão, foi possível compreender como ocorre a aloimunização materna e a doença, além de possibilitar informações sobre os testes utilizados no pré-natal e da profilaxia com administração de imunoglobulina anti-D em mães Rh-negativas que deram à luz a bebês Rh-positivos. Apesar da eficácia da profilaxia, casos de DHRN ainda ocorrem. Diante disso, faz-se necessário estabelecer políticas públicas que visem esclarecer a população jovem acerca das consequências da doença para o feto e recém-nascido.