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Abstract
O sistema atmosférico ciclone extratropical, que quando mencionado na mídia brasileira, em geral, causa pânico na população, é abordado aqui em linguagem simples. O objetivo é compartilhar - com todos os interessados no assunto - a definição e processo de formação dos ciclones extratropicais, os impactos que causam no Brasil e seus aspectos climatológicos no Hemisfério Sul e oceano Atlântico Sul. Esse estudo tem como base metodológica tanto a revisão da literatura quanto a utilização de dados estado-da-arte (reanálise ERA5) e algoritmo de identificação e rastreamento de ciclones. Assim, os ciclones extratropicais são identificados no período de 1991 a 2020 em dados de pressão ao nível médio do mar da reanálise ERA5. Entre os resultados têm-se que a banda latitudinal ao redor da Antártica é a que apresenta a maior frequência de ciclones. Esses sistemas também ocorrem com frequência a sudeste da Austrália e na costa da América do Sul entre as latitudes do Rio de Janeiro e sul da Argentina. Considerando o Hemisfério Sul, os ciclones extratropicais são mais frequentes e intensos nos meses de inverno. Entre as costas sul e sudeste do Brasil, destaca-se a maior frequência desses sistemas no verão.