{"title":"Uma “catástrofe do tempo”: narrativa e historicidade pelas Vozes de Tchernóbil","authors":"Nuno Manna, I. Lage","doi":"10.1590/1982-25542019441740","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo propõe uma análise das experiências do tempo registradas no livro Vozes de Tchernóbil, de Svetlana Aleksiévitch. A partir da expressão “catástrofe do tempo”, que a própria autora utiliza para referir-se ao desastre nuclear, buscamos entender de que maneiras as narrativas presentes na obra tentam lidar com a potência desse acontecimento-limite, que rompe com os parâmetros de compreensão temporal antes estabelecidos. Na leitura crítica dos esforços de comunicação das testemunhas ouvidas e nos excertos autorreferentes de Aleksiévitch, propomos uma reflexão sobre as historicidades possíveis diante da incompreensibilidade da catástrofe, por meio da narrativa e do cotidiano.","PeriodicalId":336385,"journal":{"name":"Galáxia (São Paulo)","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Galáxia (São Paulo)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-25542019441740","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo propõe uma análise das experiências do tempo registradas no livro Vozes de Tchernóbil, de Svetlana Aleksiévitch. A partir da expressão “catástrofe do tempo”, que a própria autora utiliza para referir-se ao desastre nuclear, buscamos entender de que maneiras as narrativas presentes na obra tentam lidar com a potência desse acontecimento-limite, que rompe com os parâmetros de compreensão temporal antes estabelecidos. Na leitura crítica dos esforços de comunicação das testemunhas ouvidas e nos excertos autorreferentes de Aleksiévitch, propomos uma reflexão sobre as historicidades possíveis diante da incompreensibilidade da catástrofe, por meio da narrativa e do cotidiano.