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Abstract
A utilização da abordagem histórica como recurso para compreensão das interferências e processos antropogeomorfológicos é uma importante estratégia como forma de contribuir com as alterações ocorridas em um dado lugar, a depender da escala espacial escolhida e recorte temporal adotado. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo, a partir de uma abordagem histórica, compreender a relação existente entre ocupação urbana e os processos antropogeomorfológicos em Teresina (Piauí) desde a sua fundação, em 1852. Metodologicamente foram adotadas uma série de estratégias que possibilitassem o alcance do objetivo proposto, tanto associada a documentos históricos quanto atividades de campo, registro fotográfico, utilização de redes sociais e classificação das feições antropogênicas (com utilização da classificação do British Geological Survey). As alterações nas características geomorfológicas acompanham a história urbana de Teresina desde a sua fundação, considerando que a escolha do terreno se deu justamente pelo relevo plano, além da presença dos rios Parnaíba e Poti, contudo, o terreno não era tão plano como os planejadores pensavam. A existência de riachos, lagoas, morrotes e baixas colinas tanto na área quanto no entorno, fato que contribuiu para a dificuldade da expansão urbana em alguns vetores, desencadeando, de 1852 (planícies e terraços fluviais) aos anos atuais (vertentes e topos de morros), a existência de terrenos classificados em made ground, worked ground, infilled ground e disturbed ground, somados a canalização, tamponamento e aterramento de riachos e lagoas, construção de diques e depósitos antropogênicos diversos, cortes e descaracterização de vertentes, além da existência de cavas de mineração.