{"title":"\"Orgulho de ser nordestino\"","authors":"Evandra Grigoletto, F. S. D. Nardi","doi":"10.20396/lil.v25i50.8670789","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao analisar tanto discursos de orgulho como de preconceito aos nordestinos, objetivamos compreender, neste artigo, os modos de dizer o nordeste e o nordestino que sustentam tais discursos. Como forma de recortar esses discursos, nosso corpus foi construído a partir da escuta de sujeitos nordestinos acerca dos modos de significação de dois enunciados: “orgulho de ser nordestino” e “tinha que ser nordestino”. Ancoradas na Análise de Discurso com filiação em Pêcheux, observamos, a partir das análises, como os sujeitos entrevistados, ao falarem sobre esses dois enunciados, se subjetivam e, ao mesmo tempo, mobilizam sentidos cristalizados de dizeres já sedimentados socialmente sobre o “ser nordestino”. No jogo entre o orgulho e o preconceito, agitam-se as redes de memória, a filiação ideológica pela repetição-reestruturação-desestabilização de sentidos já dados.","PeriodicalId":165949,"journal":{"name":"Línguas e Instrumentos Línguísticos","volume":"2009 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Línguas e Instrumentos Línguísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/lil.v25i50.8670789","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Ao analisar tanto discursos de orgulho como de preconceito aos nordestinos, objetivamos compreender, neste artigo, os modos de dizer o nordeste e o nordestino que sustentam tais discursos. Como forma de recortar esses discursos, nosso corpus foi construído a partir da escuta de sujeitos nordestinos acerca dos modos de significação de dois enunciados: “orgulho de ser nordestino” e “tinha que ser nordestino”. Ancoradas na Análise de Discurso com filiação em Pêcheux, observamos, a partir das análises, como os sujeitos entrevistados, ao falarem sobre esses dois enunciados, se subjetivam e, ao mesmo tempo, mobilizam sentidos cristalizados de dizeres já sedimentados socialmente sobre o “ser nordestino”. No jogo entre o orgulho e o preconceito, agitam-se as redes de memória, a filiação ideológica pela repetição-reestruturação-desestabilização de sentidos já dados.