Jefferson Pereira dos Santos, T. Souza, Bianca Oliveira Souza, Fábia Raira da Silva Bispo Dos Santos, Philipe Silva Marinho, Uriel David De Almeida e Silva, Lucas Brasileiro Lemos, Gisele da Silveira Lemos
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Abstract
A Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) é uma síndrome clínica complexa, cujo manejo terapêutico requer o uso de polifarmácia, que pode aumentar o risco de utilização de Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPIs) para idosos. Buscou-se avaliar a prevalência e fatores associados ao uso de MPIs por idosos internados com diagnóstico de ICA Realizou-se um estudo transversal, descritivo e analítico, no qual avaliou-se os dados de prontuários de pacientes com 60 anos ou mais com diagnóstico de ICA, admitidos em um hospital público, nos anos de 2019 e 2020, com no mínimo 48 horas de internamento. Foram coletados dados clínicos, sociodemográficos e farmacoterapêuticos. Classificou-se os MPIs de acordo com os Critérios de Beers, atualização de 2019. A associação entre variável dependente e as independentes foi realizada por meio de análise bruta e ajustada, utilizando o modelo de regressão logística binária. Foram incluídos 135 pacientes, com predomínio do sexo masculino (53,6%), média de idade 74,74±9,66, hipertensão arterial (90,9%) e polifarmácia excessiva (50,4%). A prevalência de MPI foi 98,5 %, média 3,83±1,64. As principais classes terapêuticas dos MPIs foram aquelas destinadas ao sistema cardiovascular (45,18%) e ao trato alimentar e metabolismo (30,20%). Houve associação significativa entre o número de MPIs e polifarmácia excessiva (RP=11,748; IC=3,691-37,391). Observa-se a necessidade de intervenções e práticas seguras de uso de medicamentos em idosos, inserção do farmacêutico clínico junto a equipe multidisciplinar, visando a minimizar o uso de MPI em idosos e os riscos decorrentes, haja vista a elevada prevalência do uso destes medicamentos, associados à polifarmácia excessiva nesta população.