Currículos de Computação: porque permanecem assim?

Abstract

A formação universitária em Ciência da Computação no Brasil tem sido focada historicamente em matemática, física e ciência e tecnologia da computação. Conteúdos obrigatórios de natureza inter ou multidisciplinar destinados a preparar o egresso para refletir sobre a interação dessas tecnologias e sistemas com a sociedade representam menos de 5% do total. Em contraste, as oportunidades de trabalho em computação no Brasil se voltam cada vez mais para a construção de aplicações que afetam direta ou indiretamente a vida das pessoas, individualmente e em sociedade. O artigo analisa os motivos da persistência desse modelo de formação 40 anos após a sua introdução.