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Abstract
A dor é uma experiência multifatorial considerada hoje como o quinto sinal vital. Quando persiste por mais de 3 meses passa a ser considerada crônica, trazendo morbidade, perda de qualidade de vida e aumentando o risco de outras doenças, como transtornos de humor. Quando falamos de dor crônica, várias classes de medicamentos podem estar indicadas para o seu tratamento, sendo importante entender a farmacologia e características de cada uma para poder individualizar o tratamento e minimizar os efeitos adversos. Os antidepressivos atualmente são considerados peças fundamentais para o tratamento da dor crônica, já que são capazes de modular as vias de dor e reduzir a amplificação dolorosa. Os principais exemplos são os tricíclicos, que aumentam a capacidade da via descendente inibitória da dor, e os duais (inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina), hoje aprovados para o tratamento da fibromialgia e da dor neuropática. Os relaxantes musculares podem ser considerados como adjuvantes no tratamento da dor crônica, sendo boas opções terapêuticas em doenças que causam dor associada à contratura ou espasmos musculares. Já os opioides são uma das principais escolhas no tratamento da dor moderada a intensa, principalmente para a dor de caráter nociceptivo e para a dor oncológica. O conhecimento dos fármacos destas classes é especialmente importante no que tange à escolha da dose, intervalo de administração e efeitos colaterais.
Unitermos: Dor crônica. Fibromialgia. Opioides. Antidepressivos. Relaxantes musculares.