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Abstract
Ao menos desde 1985 afastados do protagonismo político, os militares brasileiros novamente passaram a participar ativamente do poder político nacional. Embora jamais deixassem de “fazer política”, o recente “regresso à proa” veio acompanhado de traumas políticos com o regime de 1964 e um profundo desconhecimento sobre o que, afinal, pensam os militares pós-1985. Nesse sentido, o presente artigo busca preencher uma lacuna de sistematização do pensamento político dos militares a partir do principal documento político doutrinário das Forças Armadas: o Manual Básico da Escola Superior de Guerra. Após uma breve revisão dos estudos pioneiros, é proposta uma categorização da chamada Doutrina de Segurança Nacional segundo as versões do Manual Básico de 1975 (governo Geisel) e de 1983 (governo Figueiredo). Essa categorização define os núcleos normativo, político e instrumental do pensamento e como cada um deles aborda os grandes temas da ciência política. Com isso, o estudo objetiva conferir maior clareza conceitual a uma tradição de pensamento político que possibilite análises comparativas sobre permanências e descontinuidades no atual pensamento e, assim, identificar os fundamentais desafios à democracia que o mesmo apresente.