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Abstract
Fake news é um novo nome para uma coisa velha. Esse problema, no formato atual, começou em 2016 na campanha à presidência dos EUA. Embora citado e comentado em demasia, é um assunto essencial, pois a desinformação parece estar avançando perigosamente em alguns campos da área da saúde. Os movimentos antivacina, negacionistas do aquecimento climático e até mesmo “terraplanistas” estão muitas vezespautando o debate. A chegada da Internet e das redes sociais potencializou o fenômeno das fake news, criando novas dinâmicasde disseminação de notícias falsas. A atual polarização política, câmeras de eco, arrastes emocionais e as teorias da dissonânciacognitiva e da racionalização motivada ajudam a entender o fenômeno. Combater esse tsunami de desinformação que afeta vários campos do conhecimento é um assunto premente, dadas as nocivas consequências das notícias falsas na sociedade. Além dos grupos de checagem organizados por veículos de imprensa tradicional, a educação e conscientização do público é um ponto central nessa guerra. Mas essa é uma empreitada complexa, devido aos arrastes emocionais que parecem neutralizar a capacidade crítica que pessoas instruídas deveriam ter. Na fotografia atual parecemos estar enxugando gelo, mas a persistência nessa luta é essencial para nos contrapormos à deseducação científica.