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Abstract
Plínio o Velho compôs inúmeras obras no primeiro século de nossa era. No entanto, apenas a Naturalis Historia, sua derradeira composição, chegou até nossas mãos, preservada em sua integridade. Trata-se de uma obra controversa, quer por seu teor, quer pelo gênero em que foi composta, quer pelo empenho do autor, quer pelo próprio tamanho da obra. Autor este que foi contestado e redimido pela crítica literária ao longo dos séculos. Buscarei mostrar como o autor se serve da memória para revelar a grandeza do homem romano e da própria natureza. Primeiramente, mostrarei algumas definições de história e de memória, valendo-me, sobretudo, da obra de Le Goff (2000). Passo, a seguir, a analisar a memória em relação com a escrita pliniana, de forma geral, para depois prosseguir analisando a constituição de parte do livro XXX, que trata da história da magia, como exemplar para o estudo da memória. Por fim, cito como o autor faz uso do vocábulo memoria ao longo de sua obra para evocar a história passada dos romanos.