Luana de Souza Silva, Francisco Francinete Leite Junior, Isaac Marlon Vasconcelos do Nascimento
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Abstract
A partir do entendimento que orientação sexual é o caminho do desejo e gênero é o papel social de ser mulher, homem ou outro, ambos componentes dos corpos e identidades, é possível compreender, com base nos determinantes de saúde, que a LGBTQIAPN+fobia interfere no processo saúde-doença, causando sofrimento e adoecimento. O Estado Brasileiro reconheceu as questões de orientação sexual e gênero como determinantes da saúde a partir de discussões realizadas na 13ª Conferência Nacional de Saúde e expressamente na Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Com o objetivo de analisar as possíveis interferências das questões de orientação sexual e gênero na efetivação do acesso e do cuidado da população LGBTQIAPN+ nos serviços de saúde mental do município de Iguatu/CE, foi realizada, uma pesquisa qualitativa e exploratória, sendo a pesquisa-ação a técnica principal de coleta de dados, tendo sido produzidas oficinas com trabalhadores da saúde nos três Centros de Atenção Psicossocial - CAPS no município, contando com participação de 27 profissionais. Essas oficinas tiveram a finalidade de problematizar três pontos específicos a partir das perspectivas dos participantes: os conceitos de orientação sexual e gênero; a saúde da população LGBTQIAPN+; e as questões do preconceito, do acesso e do cuidado da população LGBTQIAPN+ nos serviços de saúde mental. Após, foi realizada uma análise de discurso. Conclui-se que o acesso é fragilizado, ameaçando a universalização do SUS e o cuidado é precário, diante do sofrimento, preconceito, invisibilização e falta de informação, limitando o cuidado integral e equanime.