{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO HEMOAM INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, NO PERÍODO DE 2017 A 2019","authors":"D. Souza, Myuki Alfaia Esashika Crispin","doi":"10.51161/hematoclil/163","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Na última década, a epidemia de HIV/aids no norte do Brasil, em especial no estado do Amazonas é crescente, e caracteriza-se por um aumento acentuado dos casos de incidência do HIV/aids. Doadores de sangue infectados pelo HIV são considerados uma importante população sentinela para a vigilância epidemiológica, no entanto, dados sobre a epidemiologia dessa infecção em doadores de sangue ainda são escassos. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos doadores de sangue e a prevalência de coinfecção do HIV/vírus das hepatites B, HIV/vírus da Hepatite C, HIV/vírus linfotrópico das células T humanas HTLV-1/2, HIV/Sífilis e HIV/Doença de Chagas da Fundação HEMOAM no período de 2017 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo. Na triagem dos doadores de sangue para o HIV foi utilizado o método de Quimiluminescência (CMIA) e teste de ácido nucleico (NAT). As análises descritivas foram realizadas a partir de informações cadastradas no banco de dados do programa HEMOSYS da Fundação HEMOAM. Resultados: No período do estudo, um total de 172.867 candidatos a doação de sangue compareceram na Fundação HEMOAM. Destes, 0,8% (N=146) testaram positivo para o HIV. Entre estes, houve o predomínio de homens 77,4% (N=113), jovens entre 18 a 27 anos 39% (N=57), solteiros 52,1% (N=76), de raça parda 60,3% (N=88), com escolaridade ensino médio 40,4% (N=59). Em relação a coinfecção, verificou-se alta prevalência de HIV/sífilis com 26% (N=38) entre doadores de sangue, seguido pelo HIV/Hepatite C (HCV), sendo 3,4% (N=05). Não foram encontrados nenhuma coinfecção do HIV com o vírus da hepatite B, vírus linfotrópico de células T humanas HTLV, e Doença de chagas. Conclusão: Os resultados apresentados nesse estudo mostraram que os doadores de sangue infectados pelo HIV, eram adultos jovens, solteiros, do sexo masculino, pardos, com escolaridade ensino médio. Evidenciando que, este grupo necessita de mais políticas de educação e prevenção, ampliando a oferta de testes sorológicos para o HIV-1 nesta população. Os dados destacam a relevância da detecção da prevalência de coinfecções com o HIV em doadores de sangue, que podem subsidiar medidas de prevenção e de disseminação de infecção.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"2000 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/163","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Na última década, a epidemia de HIV/aids no norte do Brasil, em especial no estado do Amazonas é crescente, e caracteriza-se por um aumento acentuado dos casos de incidência do HIV/aids. Doadores de sangue infectados pelo HIV são considerados uma importante população sentinela para a vigilância epidemiológica, no entanto, dados sobre a epidemiologia dessa infecção em doadores de sangue ainda são escassos. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos doadores de sangue e a prevalência de coinfecção do HIV/vírus das hepatites B, HIV/vírus da Hepatite C, HIV/vírus linfotrópico das células T humanas HTLV-1/2, HIV/Sífilis e HIV/Doença de Chagas da Fundação HEMOAM no período de 2017 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo. Na triagem dos doadores de sangue para o HIV foi utilizado o método de Quimiluminescência (CMIA) e teste de ácido nucleico (NAT). As análises descritivas foram realizadas a partir de informações cadastradas no banco de dados do programa HEMOSYS da Fundação HEMOAM. Resultados: No período do estudo, um total de 172.867 candidatos a doação de sangue compareceram na Fundação HEMOAM. Destes, 0,8% (N=146) testaram positivo para o HIV. Entre estes, houve o predomínio de homens 77,4% (N=113), jovens entre 18 a 27 anos 39% (N=57), solteiros 52,1% (N=76), de raça parda 60,3% (N=88), com escolaridade ensino médio 40,4% (N=59). Em relação a coinfecção, verificou-se alta prevalência de HIV/sífilis com 26% (N=38) entre doadores de sangue, seguido pelo HIV/Hepatite C (HCV), sendo 3,4% (N=05). Não foram encontrados nenhuma coinfecção do HIV com o vírus da hepatite B, vírus linfotrópico de células T humanas HTLV, e Doença de chagas. Conclusão: Os resultados apresentados nesse estudo mostraram que os doadores de sangue infectados pelo HIV, eram adultos jovens, solteiros, do sexo masculino, pardos, com escolaridade ensino médio. Evidenciando que, este grupo necessita de mais políticas de educação e prevenção, ampliando a oferta de testes sorológicos para o HIV-1 nesta população. Os dados destacam a relevância da detecção da prevalência de coinfecções com o HIV em doadores de sangue, que podem subsidiar medidas de prevenção e de disseminação de infecção.