{"title":"Dinâmicas do controle à ação coletiva: o policiamento a protestos no Rio Grande Do Sul (1970-2015)","authors":"E. Fernandes, Camila Ricioli da Silva","doi":"10.5433/2176-6665.2021v26n3p485","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A pesquisa se insere no debate sobre movimentos sociais e Estado, com foco em como as instituições estatais controlam a ação dos ativistas. A partir dos aportes da literatura internacional sobre policiamento a protestos, busca realizar o mapeamento longitudinal de padrões e variações do policiamento a protestos no estado do Rio Grande do Sul no período de 1970 a 2015. Com base nos dados do projeto “Regimes e Repertórios Associativos: oportunidades políticas e organização social no Brasil”, realizamos a análise dos eventos de protesto ocorridos no estado do Rio Grande do Sul entre 1970 e 2015 a partir de dois eixos norteadores: seletividade do repertório policial quanto a atores e reivindicações; interações táticas entre manifestantes e forças policiais. Os resultados indicam a predominância de táticas de repressão física, pouco tolerantes à demonstração pública de demandas coletivas, com protagonismo das Polícias Militares; a concentração da ação policial sobre reivindicações e grupos mais “ameaçadores” às elites políticas; a tendência de que táticas da ação coletiva disruptivas sejam mais duramente policiadas.","PeriodicalId":127120,"journal":{"name":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/2176-6665.2021v26n3p485","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A pesquisa se insere no debate sobre movimentos sociais e Estado, com foco em como as instituições estatais controlam a ação dos ativistas. A partir dos aportes da literatura internacional sobre policiamento a protestos, busca realizar o mapeamento longitudinal de padrões e variações do policiamento a protestos no estado do Rio Grande do Sul no período de 1970 a 2015. Com base nos dados do projeto “Regimes e Repertórios Associativos: oportunidades políticas e organização social no Brasil”, realizamos a análise dos eventos de protesto ocorridos no estado do Rio Grande do Sul entre 1970 e 2015 a partir de dois eixos norteadores: seletividade do repertório policial quanto a atores e reivindicações; interações táticas entre manifestantes e forças policiais. Os resultados indicam a predominância de táticas de repressão física, pouco tolerantes à demonstração pública de demandas coletivas, com protagonismo das Polícias Militares; a concentração da ação policial sobre reivindicações e grupos mais “ameaçadores” às elites políticas; a tendência de que táticas da ação coletiva disruptivas sejam mais duramente policiadas.