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Abstract
A investigação visa entender as necessidades de usuários com deficiência visual e discutir o papel da tecnologia para acessibilidade em museus brasileiros. Para discutir o contexto brasileiro arquitetônico, social, artístico e cultural adotou-se uma abordagem qualitativa sobre os temas: deficiente visual; arquitetura inclusiva e acessibilidade; e tecnologias assistivas. Fruto da iniciativa de abrir o acesso de um determinado grupo de pessoas aos acervos dos colecionadores, os museus ao longo da história, o transmutaram se tornando espaços de entretenimento e agitação cultural e econômica, contemplando diversos tipos de usuários. Na contemporaneidade, estes exercem papel fundamental nas dinâmicas políticas e econômicas. Dentre os resultados, destacam-se que, arquitetura de museus atua como um elemento integrador do usuário com a arte e a história da sociedade na qual se insere, e, portanto, deve contemplar um entendimento amplo do conceito de acessibilidade, que extrapola o atendimento de normas técnicas; e que recursos tecnológicos podem favorecer experiências multissensoriais relevantes para deficientes visuais. Conclui-se que, tecnologias assistivas promovem a acessibilidade, em todas as suas esferas, se contempladas desde as etapas iniciais do projeto arquitetônico e que devem levar em consideração objeto expositivo, envoltória e elementos compositivos. E quando são bem empregadas, podem tornar a experiência de deficientes visuais mais intuitiva e integral. Quanto aos deficientes visuais, a exploração dos sentidos remanescentes deve ser considerada nas diretrizes projetuais. Soluções inovadoras devem incluir mecanismos arquitetônicos capazes de compor pontes de acessibilidade e universalidade, democratizando o acesso à cultura e educação a todos os usuários.