M. B. Lima, Josefa De Lisboa Santos, B. A. Ribeiro
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Abstract
O objetivo deste artigo foi analisar as facetas do capital no campo, através de uma discussão acerca das contradições do Projeto Platô de Neópolis no Nordeste sergipano, que mantém indicadores de pobreza mais longevos do estado, tal como desvelar a falácia de um projeto modernizador, que garantiria emprego e alimentos para a população ribeirinha. Desse modo, apreender o avanço do agrohidronegócio, as resistências camponesas via luta por terra e água, se constitui essencial para compreender as formas de produção do espaço agrário sergipano. Neste ínterim, os trabalhos de campo, somados à leitura de livros e pesquisas, além dos registros fotográficos e a análise de relatos forneceram embasamento teórico-metodológico para que se desenvolvessem conhecimentos sobre a problemática permitindo revelar os falsos discursos de modernização e a territorialização do capital no campo. Diante disso, foi possível analisar que mesmo que as relações capitalistas avancem sobre o campo, através do agrohidronegócio com o aval do Estado, há permanência dos camponeses, pescadores artesanais e das comunidades quilombolas, com suas lutas e resistências históricas, as quais se valorizam ainda pela produção camponesa familiar – mais saudável e sustentável para a sua plena reprodução socioespacial.