{"title":"TROCA DE INFORMAÇÕES FISCAIS E O DIREITO AO SIGILO NAS PERSPECTIVAS DOMÉSTICA E INTERNACIONAL:","authors":"Thiago de Mattos Marques, Belisa Ferreira Liotti","doi":"10.46801/2595-7155-rdtia-n9-6","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A troca automática de informações fiscais em âmbito internacional é uma realidade cuja aplicabilidade aumenta exponencialmente, inclusive em virtude dos esforços para combater as práticas tributárias abusivas. O posicionamento do Brasil no cenário global de troca automática de informações, para além do que consta simplesmente dos compromissos internacionais assumidos pelo país, não pode prescindir do exame das decisões proferidas pelo STF em 2016 acerca da constitucionalidade do acesso das autoridades fiscais aos dados bancários dos contribuintes. Através da reconstrução teórica das decisões proferidas em 2016, o presente estudo visa demonstrar que a superação da regra constitucional que veicula o direito à privacidade e ao sigilo de dados se deu sob uma específica fundamentação, bem como fixou requisitos específicos. A partir dessa conclusão, este artigo sustenta que apenas no caso de estrita observância de tais requisitos é possível que as autoridades brasileiras compartilhem dados fiscais e bancários de indivíduos e empresas residentes no Brasil com outros países.","PeriodicalId":176076,"journal":{"name":"Revista de Direito Tributário Internacional Atual","volume":"167 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Direito Tributário Internacional Atual","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46801/2595-7155-rdtia-n9-6","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A troca automática de informações fiscais em âmbito internacional é uma realidade cuja aplicabilidade aumenta exponencialmente, inclusive em virtude dos esforços para combater as práticas tributárias abusivas. O posicionamento do Brasil no cenário global de troca automática de informações, para além do que consta simplesmente dos compromissos internacionais assumidos pelo país, não pode prescindir do exame das decisões proferidas pelo STF em 2016 acerca da constitucionalidade do acesso das autoridades fiscais aos dados bancários dos contribuintes. Através da reconstrução teórica das decisões proferidas em 2016, o presente estudo visa demonstrar que a superação da regra constitucional que veicula o direito à privacidade e ao sigilo de dados se deu sob uma específica fundamentação, bem como fixou requisitos específicos. A partir dessa conclusão, este artigo sustenta que apenas no caso de estrita observância de tais requisitos é possível que as autoridades brasileiras compartilhem dados fiscais e bancários de indivíduos e empresas residentes no Brasil com outros países.