{"title":"MECANISMOS DE DEFESA DO EGO","authors":"Dionísio Fleitas Maidana","doi":"10.51360/zh4.202112-13-p.23-37","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O conceito de defesa está incorporado na primeira afirmação analítica significativa de Freud (1894) ao afirmar que a neurose implica numa defesa contra ideias insuportáveis. As questões relativas ao porquê são de todo necessários os mecanismos de defesa e que função eles desempenham na economia psíquica geral pertencem ao que pode ser chamado de metapsicologia da defesa. A existência humana parece envolver, inevitavelmente, algum conflito interior. Quando Anna Freud escreveu sua obra, O Ego e os Mecanismos de Defesa, ela relacionou nove deles e acrescentou alguns próprios, tais como a identificação com o agressor e a negação na fantasia e na realidade. A lista mais longa foi traçada por Bibring e colaboradores no Instituto Psicanalítico de Boston, em conexão com um estudo de mulheres grávidas. Eles dividiram as defesas em básicas, ou de primeira ordem, e complexas, ou de segunda ordem. Terminaram com não menos do que 39 defesas, das quais 24 de primeira ordem e 15 de segunda ordem. A literatura posterior a Freud deu ênfase aos mecanismos de defesa mais destacados nas condições psicótica e fronteiriça, tais como: regressão, negação, clivagem e atuação. A lista oficial de mecanismos de defesa de maneira alguma esgota as formas pelas quais os seres humanos podem lidar com o conflito. Assim, mecanismos de defesa do ego são todas as operações utilizadas por ele para controlar, dominar, canalizar e empregar forças que ameaçam sua integridade e sobrevivência, ou que possam conduzir à neurose, provenientes do id, do superego e do mundo externo.","PeriodicalId":117713,"journal":{"name":"Pensamentos Para Um Mundo em Transição","volume":"73 5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Pensamentos Para Um Mundo em Transição","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51360/zh4.202112-13-p.23-37","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O conceito de defesa está incorporado na primeira afirmação analítica significativa de Freud (1894) ao afirmar que a neurose implica numa defesa contra ideias insuportáveis. As questões relativas ao porquê são de todo necessários os mecanismos de defesa e que função eles desempenham na economia psíquica geral pertencem ao que pode ser chamado de metapsicologia da defesa. A existência humana parece envolver, inevitavelmente, algum conflito interior. Quando Anna Freud escreveu sua obra, O Ego e os Mecanismos de Defesa, ela relacionou nove deles e acrescentou alguns próprios, tais como a identificação com o agressor e a negação na fantasia e na realidade. A lista mais longa foi traçada por Bibring e colaboradores no Instituto Psicanalítico de Boston, em conexão com um estudo de mulheres grávidas. Eles dividiram as defesas em básicas, ou de primeira ordem, e complexas, ou de segunda ordem. Terminaram com não menos do que 39 defesas, das quais 24 de primeira ordem e 15 de segunda ordem. A literatura posterior a Freud deu ênfase aos mecanismos de defesa mais destacados nas condições psicótica e fronteiriça, tais como: regressão, negação, clivagem e atuação. A lista oficial de mecanismos de defesa de maneira alguma esgota as formas pelas quais os seres humanos podem lidar com o conflito. Assim, mecanismos de defesa do ego são todas as operações utilizadas por ele para controlar, dominar, canalizar e empregar forças que ameaçam sua integridade e sobrevivência, ou que possam conduzir à neurose, provenientes do id, do superego e do mundo externo.