Laura Targino Luque, A. Miranda, Daniela Ferrari Micheletti, Katiany Rizzieri Caleffi-Ferracioli, Regiane Bertin de Lima Scodro
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Abstract
Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda infecção mais comum na população em geral, podendo causar graves consequências à saúde do paciente. A pandemia pelo SARS-CoV-2 tem modificado a epidemiologia de várias patologias. Alguns estudos têm mostrado que pacientes infectados pelo coronavírus podem apresentar alguma repercussão sobre o aparelho urinário. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo avaliar o perfil das bactérias isoladas em uroculturas positivas, durante o período pandêmico por COVID-19 (2020 a 2022), provenientes de pacientes internados num hospital público. Material e Métodos: Foi realizado um levantamento retrospectivo dos resultados de amostras de urinas positivas, quanto ao tipo de bactéria e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, realizadas pelo laboratório de Bacteriologia Médica, lotado no LEPAC/UEM. Resultados: Neste estudo, foi observado maior prevalência de infecção urinária causada por bactérias Gram negativas, tais como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Enteroccus faecalis. Entre as espécies mais prevalentes, de modo geral, foi observado aumento da resistência bacteriana em 2021 e 2022 quando comparado a 2020, o que pode ter sido influenciado pela pandemia da COVID-19. Conclusão: Por fim, pudemos observar uma correlação entre o número de casos de COVID-19 na população local com o aumento do número de uroculturas positivas analisadas no mesmo período. Os dados sugerem o impacto da pandemia pelo coronavírus nas infecções do trato urinário de origem bacteriana, evidenciando a necessidade de uma maior atenção e intervenção, especialmente nos casos de pacientes com comorbidades, a fim de reduzir o número de óbitos, o consequente aumento de resistência bacteriana os gastos públicos com esta patologia.