A. Nicodemos, Ana Oliveira Alves, Henrique Dias Sobral Silva
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Abstract
As ocupações de escolas públicas no Rio de Janeiro ocorreram no ano de 2016 e empreenderam um novo processo de entendimento dos jovens a respeito da escola e de sua estrutura de organização e direção. Com o objetivo de mapearmos as formas de aproximação entre cultura juvenil e cultura escolar e, ainda, os sentidos de origem dos ocupantes, recorremos às metodologias dos grupos focais e à revisão bibliográfica da literatura especializada, cotejando-as na busca de um entendimento mais plural das referidas ocupações considerando, principalmente, os projetos e as vozes dos estudantes envolvidos. A conclusão é que as ocupações foram, antes de tudo, um momento de tensão entre a cultura juvenil e a cultura escolar, alimentando-se e negando-se ao longo desse processo. Avaliamos, além disso, que as análises acadêmicas acerca do fenômeno devem reforçar as problematizações a partir de categorias internas ao movimento que, longe de fragilizá-lo, sublinham suas especificidades.