Trabalho no lar, cuidado e equidade de gênero

Amanda Gomes Pereira, Ramisson Corrêa Ramos, Cassilene Magalhães Silva
{"title":"Trabalho no lar, cuidado e equidade de gênero","authors":"Amanda Gomes Pereira, Ramisson Corrêa Ramos, Cassilene Magalhães Silva","doi":"10.21680/1982-1662.2022v5n34id25266","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa “Trabalho doméstico: cidadania e equidade de gênero ” que é fruto do projeto de iniciação científica realizado na Universidade Federal do Maranhão – campus São Bernardo, com a orientação da Prof.ª Dr.ª Amanda Gomes Pereira. Esse projeto teve o objetivo de compreender as dinâmicas de poder interconectadas às relações de gênero, no leste do estado do Maranhão — mais especificamente nos municípios circunvizinhos de São Bernardo —, por meio de referenciais teóricos que dialogam com os estudos de gênero, feministas, pós-coloniais e decoloniais. Para tanto, essa pesquisa optou por uma abordagem mista, com a combinação das análises qualitativas e quantitativas. Assim, foram aplicados questionários online, com perguntas fechadas e abertas (contendo apenas 2 (duas) perguntas abertas), por meio da plataforma Google Forms, permitindo, dessa forma, preservar o anonimato das pessoas, tendo como amostragem 15 dos 16 discentes contemplados com Auxílio Estudante com Filha(o). Nesse sentido, os dados possibilitaram uma discussão em torno das desigualdades de gênero, afazeres domésticos e maternidade, evidenciando as problemáticas que essas mulheres/mães/estudantes enfrentam no acesso à educação de qualidade, bem como na permanência e finalização de seus cursos. Neste trabalho, descreveremos também as dificuldades encaradas pelos pesquisadores/as para a realização do projeto, visto que a pandemia de Covid-19 afetou não só a pesquisa em si, mas a vida das pessoas em escola global.\nPalavras-chave: Gênero. Maternidade. Trabalho no lar. Políticas públicas.\n \n \nReferências\nBOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.\nBRASIL. Decreto no 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7234.htm Acesso em: 09 jun. 2019.\nBRUSCHINI, Maria Cristina A. RICOLDI, Arlene Martinez. Família e trabalho: difícil conciliação para mães trabalhadoras de baixa renda. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 136, p. 93-123, jan./abr. 2009.\nBUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto 1. ed. -Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.\nCACCIAMALI, Maria Cristina; HIRATA, Guilherme Issamu. A influência da raça e do gênero nas oportunidades de obtenção de renda: uma análise da discriminação em mercados de trabalho distintos. Bahia e São Paulo. Estudos Econômicos, v. 35, n. 4, p.767-795, Outubro/Dezembro, 2005.\nCARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.\nFONSECA, Claudia. Ser mulher, mãe e pobre. In: Del Priore, M. org., História das mulheres do Brasil. São Paulo: Contexto, 1997.\nGATTI, Gabriel. Prolegómenos. Hacia un concepto científico de desaparición. En G. Gatti (Ed.), Desapariciones. Usos locales, circulaciones globales pp. 13-32. Bogotá: Siglo del Hombre-Uniandes, 2017.\nGÓMEZ, Magela Reny Fonticiella. Acesso e permanência no ensino superior: o caso dos cursos de engenharia da UTFPR – Campus Medianeira. 2014. 154 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual Paulista, Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências. 2014.\nIANNI, Otávio (org.). Florestan Fernandes: sociologia crítica e militante. São Paulo: Expressão Popular, 2004.\nIPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 4. ed. Brasília: Ipea, 2011. Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2020.\nIPEA. Dossiê mulheres negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil / organizadoras: Mariana Mazzini Marcondes... [et al.]. - Brasília: Ipea, 2013. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2020.\nMARQUES, Amanda Christinne Nascimento. “VIVENDO ENTRE-LUGARES”: A Trajetória dos Grupos Étnicos no Litoral Sul Paraibano. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 29, 2014, Anais [...].  Natal-RN, 2014.\nMARX, Karl. O Capital: crítica da Economia Política. Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013.\nMORAIS, Ana Maria; NEVES, Isabel Pestana. Fazer investigação usando uma abordagem metodológica mista. Revista Portuguesa de Educação, v. 20, n. 2, p. 75-104, 2007.\nMOTA, Janine da Silva. Utilização do google forms na pesquisa acadêmica. Revista Humanidades & Inovação. v. 6, n. 12, 2019. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2020.\nOLIVEIRA, Emanuela Patrícia de. Cursos para trabalhadoras domésticas: estratégias de modelagem. 2007. 177 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: . Acesso em: 9 ago. 2020.\nQUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.\nREIS, M. C.A. Escolaridade dos pais e os retornos à educação no mercado de trabalho. Rio de Janeiro: IPEA, 2008.\nRUBIN, Gayle. Políticas do sexo. São Paulo: Ubu Editora, 2017.\nSCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.\nSEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos ces, n. 18, 2012.\nSPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? UFMG, 2010.","PeriodicalId":283689,"journal":{"name":"Revista Inter-Legere","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Inter-Legere","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/1982-1662.2022v5n34id25266","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa “Trabalho doméstico: cidadania e equidade de gênero ” que é fruto do projeto de iniciação científica realizado na Universidade Federal do Maranhão – campus São Bernardo, com a orientação da Prof.ª Dr.ª Amanda Gomes Pereira. Esse projeto teve o objetivo de compreender as dinâmicas de poder interconectadas às relações de gênero, no leste do estado do Maranhão — mais especificamente nos municípios circunvizinhos de São Bernardo —, por meio de referenciais teóricos que dialogam com os estudos de gênero, feministas, pós-coloniais e decoloniais. Para tanto, essa pesquisa optou por uma abordagem mista, com a combinação das análises qualitativas e quantitativas. Assim, foram aplicados questionários online, com perguntas fechadas e abertas (contendo apenas 2 (duas) perguntas abertas), por meio da plataforma Google Forms, permitindo, dessa forma, preservar o anonimato das pessoas, tendo como amostragem 15 dos 16 discentes contemplados com Auxílio Estudante com Filha(o). Nesse sentido, os dados possibilitaram uma discussão em torno das desigualdades de gênero, afazeres domésticos e maternidade, evidenciando as problemáticas que essas mulheres/mães/estudantes enfrentam no acesso à educação de qualidade, bem como na permanência e finalização de seus cursos. Neste trabalho, descreveremos também as dificuldades encaradas pelos pesquisadores/as para a realização do projeto, visto que a pandemia de Covid-19 afetou não só a pesquisa em si, mas a vida das pessoas em escola global. Palavras-chave: Gênero. Maternidade. Trabalho no lar. Políticas públicas.     Referências BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. BRASIL. Decreto no 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7234.htm Acesso em: 09 jun. 2019. BRUSCHINI, Maria Cristina A. RICOLDI, Arlene Martinez. Família e trabalho: difícil conciliação para mães trabalhadoras de baixa renda. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 136, p. 93-123, jan./abr. 2009. BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto 1. ed. -Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. CACCIAMALI, Maria Cristina; HIRATA, Guilherme Issamu. A influência da raça e do gênero nas oportunidades de obtenção de renda: uma análise da discriminação em mercados de trabalho distintos. Bahia e São Paulo. Estudos Econômicos, v. 35, n. 4, p.767-795, Outubro/Dezembro, 2005. CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. FONSECA, Claudia. Ser mulher, mãe e pobre. In: Del Priore, M. org., História das mulheres do Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. GATTI, Gabriel. Prolegómenos. Hacia un concepto científico de desaparición. En G. Gatti (Ed.), Desapariciones. Usos locales, circulaciones globales pp. 13-32. Bogotá: Siglo del Hombre-Uniandes, 2017. GÓMEZ, Magela Reny Fonticiella. Acesso e permanência no ensino superior: o caso dos cursos de engenharia da UTFPR – Campus Medianeira. 2014. 154 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual Paulista, Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências. 2014. IANNI, Otávio (org.). Florestan Fernandes: sociologia crítica e militante. São Paulo: Expressão Popular, 2004. IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 4. ed. Brasília: Ipea, 2011. Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2020. IPEA. Dossiê mulheres negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil / organizadoras: Mariana Mazzini Marcondes... [et al.]. - Brasília: Ipea, 2013. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2020. MARQUES, Amanda Christinne Nascimento. “VIVENDO ENTRE-LUGARES”: A Trajetória dos Grupos Étnicos no Litoral Sul Paraibano. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 29, 2014, Anais [...].  Natal-RN, 2014. MARX, Karl. O Capital: crítica da Economia Política. Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013. MORAIS, Ana Maria; NEVES, Isabel Pestana. Fazer investigação usando uma abordagem metodológica mista. Revista Portuguesa de Educação, v. 20, n. 2, p. 75-104, 2007. MOTA, Janine da Silva. Utilização do google forms na pesquisa acadêmica. Revista Humanidades & Inovação. v. 6, n. 12, 2019. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2020. OLIVEIRA, Emanuela Patrícia de. Cursos para trabalhadoras domésticas: estratégias de modelagem. 2007. 177 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: . Acesso em: 9 ago. 2020. QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142. REIS, M. C.A. Escolaridade dos pais e os retornos à educação no mercado de trabalho. Rio de Janeiro: IPEA, 2008. RUBIN, Gayle. Políticas do sexo. São Paulo: Ubu Editora, 2017. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos ces, n. 18, 2012. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? UFMG, 2010.
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