Acompanhamento farmacoterapêutico no Sistema Único de Saúde: como está a qualidade do registro e resolução dos problemas relacionados ao uso de medicamentos?
Patrícia Aparecida Pio, Bianca Josy Pacheco Melo, Thays Santos Mendonça, I. R. Silva, A. O. Baldoni, Thais Bueno Enes, M. L. Pereira
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Abstract
O uso irracional de medicamentos é um problema de saúde pública. O profissional farmacêutico incorporado às equipes de saúde tem um potencial indiscutível na melhoria da utilização dos medicamentos, reduzindo os riscos de morbimortalidade e os custos da farmacoterapia. Trata-se de um estudo descritivo cujo objetivo foi analisar a qualidade do registro e resolução dos Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM) de pacientes atendidos em um serviço de Farmácia Clínica no Sistema Único de Saúde (SUS) em Divinópolis - MG. Foram analisados prontuários em que os farmacêuticos fizeram registro de atendimentos entre janeiro de 2016 a novembro de 2017 no Ambulatório Universitário do município, que passaram por pelo menos uma consulta e dois retornos. Coletou-se dados demográficos, número de doenças, número de fármacos utilizados, PRM identificados, intervenções realizadas e sua resolutividade. Durante o período analisado, foram atendidos 443 pacientes e 71 atendiam ao critério de elegibilidade. Os pacientes atendidos apresentaram idade média de 57 anos (±16), sendo a maioria (67,60%) do sexo feminino. Foram registradas 209 morbidades, com média de 2,94 morbidades/paciente. As mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (n=50; 70,42%); diabetes mellitus tipo II (n=46; 64,78%); dislipidemia (n=37; 52,11%) e diabetes mellitus tipo I (n=10; 14,08%). Dentre os 459 fármacos utilizados pelos pacientes (média de 7,7 por paciente), foram encontrados 303 PRM, dos quais 71 (32,27%) apresentaram resolutividade, e 220 intervenções foram realizadas, com média de 0,73 intervenções por PRM. Observa-se uma precariedade na qualidade dos registros, o que afeta a análise de resolução dos PRM.