A. C. Sant'Anna, Maria Guilhermina Marçal Pedroza, M. J. P. D. Costa
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Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção dos ordenhadores em relação às suas interações com as vacas leiteiras. A interação humano-animal foi classificada segundo a adoção de ações positivas (interações táteis agradáveis, escovação do pelo e presença enquanto os animais se alimentam) e negativas durante o manejo (gritos, ruído intenso durante a ordenha, batidas, uso de objetos impróprios para condução das vacas, como ferrões e paus). Foram entrevistados 55 ordenhadores, de 37 propriedades rurais, por meio de um questionário compreendendo 17 perguntas. A grande maioria (90,9%) dos ordenhadores demonstrou ter noção de que práticas negativas direcionadas às vacas no momento da ordenha podem aumentar o leite residual. No entanto, a maioria (mais de 80%) também declarou praticar algum tipo de ação negativa e, pelo menos, 30% deles declarou utilizar estas práticas mesmo sabendo que podem ser prejudiciais aos animais. O nível geral de saber dos ordenhadores variou em função do sistema de produção (P = 0,051), da raça do animal (P = 0,005), do tipo de ordenha em que trabalhavam (P = 0,005) e do sexo do ordenhador (P = 0,048). De modo geral, a percepção dos ordenhadores sobre suas ações durante o manejo foi considerada inadequada, refletindo um nível de conhecimento insuficiente para que apliquem boas práticas de manejo e de bem-estar das vacas leiteiras. Tais resultados alertam para a necessidade de treinamento desta importante categoria de trabalhadores com relação ao comportamento e boas práticas de manejo de vacas leiteiras.