Alexandre Augusto de Andrade Santana, Bernardo Malheiros Tessari, Natan Augusto de Almeida Santana, Sérgio Gabriell de Oliveira Moura, Yuri Borges Bitu de Freitas, Luciano Alves Matias Silveira
{"title":"ANÁLISE DO BLOQUEIO PERIDURAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.","authors":"Alexandre Augusto de Andrade Santana, Bernardo Malheiros Tessari, Natan Augusto de Almeida Santana, Sérgio Gabriell de Oliveira Moura, Yuri Borges Bitu de Freitas, Luciano Alves Matias Silveira","doi":"10.54265/lkbc5923","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de bloqueios nervosos periféricos e centrais permitiram a redução de concentrações de doses de medicamentos sistêmicos, melhorando a estabilidade hemodinâmica, especialmente em pacientes de alto risco, como prematuros e recém-nascidos. Grupo esse que, devido à imaturidade do SNC, pode desenvolver depressão respiratória perioperatória. OBJETIVO: Compreender as indicações e riscos para bloqueio peridural em pacientes pediátricos. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática, na base de dados da PubMed, com os descritores: “spinal anesthesia” AND “pediatrics”, nos últimos 10 anos. Foram selecionados 8 artigos científicos, com texto completo e gratuito. RESULTADOS: O bloqueio peridural caudal mostra-se como uma técnica de anestesia regional amplamente administrada, a qual tem se demonstrado segura e eficaz, capaz de oferecer analgesia perioperatória e pós operatório com deambulação precoce, além de estabilidade hemodinâmica e respiração espontânea em grupos de pacientes com via aérea difícil. Contudo, o principal risco envolvendo essa técnica é a contaminação bacteriana dos cateteres caudais. Além disso, são raras as complicações graves, como meningite, abscesso epidural ou sepse sistêmica, e a abordagem de Taylor modificada pela linha média auxilia no controle do risco de infecção. Ademais, o uso de bloqueio caudal de injeção única mostrou-se eficiente para controle de dor neuropática persistente após procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, como correção de hérnia inguinal e orquidopexia. CONCLUSÃO: Diante do exposto nota-se que o bloqueio caudal é eficaz e seguro no âmbito da pediatria. Nos casos de contraindicação por infecção local ou presença de anomalias espinhais e meníngeas, sugere-se cautelosa análise de risco-benefício e investigação anatômica por exames de imagem. A punção guiada por ultrassonografia auxilia na identificação de pequenas estruturas e permite a visualização da dispersão do anestésico local, melhorando as taxas de sucesso e aumentando sua duração. Por fim, apesar de todas as informações coletadas, mais estudos sobre esta questão são necessários.","PeriodicalId":289004,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional Online de Clínica Médica - II CONCLIMED","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Nacional Online de Clínica Médica - II CONCLIMED","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/lkbc5923","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de bloqueios nervosos periféricos e centrais permitiram a redução de concentrações de doses de medicamentos sistêmicos, melhorando a estabilidade hemodinâmica, especialmente em pacientes de alto risco, como prematuros e recém-nascidos. Grupo esse que, devido à imaturidade do SNC, pode desenvolver depressão respiratória perioperatória. OBJETIVO: Compreender as indicações e riscos para bloqueio peridural em pacientes pediátricos. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática, na base de dados da PubMed, com os descritores: “spinal anesthesia” AND “pediatrics”, nos últimos 10 anos. Foram selecionados 8 artigos científicos, com texto completo e gratuito. RESULTADOS: O bloqueio peridural caudal mostra-se como uma técnica de anestesia regional amplamente administrada, a qual tem se demonstrado segura e eficaz, capaz de oferecer analgesia perioperatória e pós operatório com deambulação precoce, além de estabilidade hemodinâmica e respiração espontânea em grupos de pacientes com via aérea difícil. Contudo, o principal risco envolvendo essa técnica é a contaminação bacteriana dos cateteres caudais. Além disso, são raras as complicações graves, como meningite, abscesso epidural ou sepse sistêmica, e a abordagem de Taylor modificada pela linha média auxilia no controle do risco de infecção. Ademais, o uso de bloqueio caudal de injeção única mostrou-se eficiente para controle de dor neuropática persistente após procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, como correção de hérnia inguinal e orquidopexia. CONCLUSÃO: Diante do exposto nota-se que o bloqueio caudal é eficaz e seguro no âmbito da pediatria. Nos casos de contraindicação por infecção local ou presença de anomalias espinhais e meníngeas, sugere-se cautelosa análise de risco-benefício e investigação anatômica por exames de imagem. A punção guiada por ultrassonografia auxilia na identificação de pequenas estruturas e permite a visualização da dispersão do anestésico local, melhorando as taxas de sucesso e aumentando sua duração. Por fim, apesar de todas as informações coletadas, mais estudos sobre esta questão são necessários.