Antonio Cesar Teixeira, Deusdete Luiz da Silva Filho, V. Merlini
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Abstract
O objetivo deste artigo é analisar comparativamente o desempenho dos estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental ao resolver três situações de proporção simples, da classe de muitos para muitos. Esse estudo é um recorte de dois projetos interligados: Um estudo sobre o domínio das estruturas multiplicativas no Ensino Fundamental (E-Mult)[1] e As Estruturas Multiplicativas e a formação de professores que ensinam Matemática na Bahia (PEM)[2]. Os dados foram coletados de estudantes de quatro escolas públicas do sul da Bahia parceiras dos projetos, sendo 235 estudantes do 5º ano e 88 do 9º ano, que responderam um teste diagnóstico contendo 14 situações relativas à Estrutura Multiplicativa. A análise dessas três situações foi quantitativa e comparativa, relacionada ao desempenho e contou com testes estatísticos. Os resultados obtidos revelam que os estudantes dos dois anos escolares foram pífios, sendo que 5º ano não atingiu 10%, o que é razoável supor que esses estudantes não tiveram contato com situações desse tipo. Apesar do 9º ano ter alcançado melhor resultado em relação ao 5º ano, esse não passou dos 42% de acerto, apontando fragilidades no domínio do conteúdo de proporcionalidade. Esses resultados revelam um sinal de alerta e apontam que é preciso trabalhar com uma variedade de situações de proporção simples, em especial da classe de muitos para muitos, permitindo que os estudantes possam aprimorar e expandir o Campo Conceitual Multiplicativo.
[1] Projeto de número 15.727 do Programa Observatório da Educação (OBEDUC) financiado pela CAPES
[2] Projeto de número PES0019/2013 financiado pela FAPESB