{"title":"O BOM BÁRBARO E OUTRAS HISTÓRIAS","authors":"Eunícia Barros Barcelos Fernandes","doi":"10.22456/1982-6524.100633","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Pós Segunda Guerra acentuou críticas à razão moderna, redimensionou as relações entre os povos e construiu uma conceitual defesa da diferença nunca antes imaginada. No Brasil, a década de 1950 significou um avanço nas discussões e nas ações em prol do nacionalismo e da modernização. A partir da análise de representações públicas do período, tais como artigos de revistas de grande circulação - O Cruzeiro -, depoimentos de intelectuais, criação de cursos, de museus e mesmo do Parque Indígena do Xingu, o presente artigo defende esse momento como chave para a compreensão de atuais representações acerca dos indígenas, bem como de relações entre indígenas e não indígenas no país. Argumenta que os novos contextos reconfiguraram antigos sentidos, estabelecendo simultaneamente a atualização de estereótipos, bem como a exigência de sua revisão.","PeriodicalId":423979,"journal":{"name":"Espaço Ameríndio","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Espaço Ameríndio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1982-6524.100633","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O Pós Segunda Guerra acentuou críticas à razão moderna, redimensionou as relações entre os povos e construiu uma conceitual defesa da diferença nunca antes imaginada. No Brasil, a década de 1950 significou um avanço nas discussões e nas ações em prol do nacionalismo e da modernização. A partir da análise de representações públicas do período, tais como artigos de revistas de grande circulação - O Cruzeiro -, depoimentos de intelectuais, criação de cursos, de museus e mesmo do Parque Indígena do Xingu, o presente artigo defende esse momento como chave para a compreensão de atuais representações acerca dos indígenas, bem como de relações entre indígenas e não indígenas no país. Argumenta que os novos contextos reconfiguraram antigos sentidos, estabelecendo simultaneamente a atualização de estereótipos, bem como a exigência de sua revisão.