Suelene Ferreira de Souza Barbosa, M. Carniello, Moacir José Dos Santos
{"title":"Planejamento e orçamento das políticas públicas para o desenvolvimento das comunidades quilombolas","authors":"Suelene Ferreira de Souza Barbosa, M. Carniello, Moacir José Dos Santos","doi":"10.5212/rif.v.21.i46.0008","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Para o desenvolvimento das sociedades tradicionais, em especial das comunidades quilombolas, em função de suas próprias necessidades e particularidades é importante a participação do poder público. Assim, políticas públicas específicas e alinhadas com suas realidades, são importantes instrumentos para promoção do desenvolvimento socioeconômico local. Com objetivo de identificar e de analisar a participação do governo federal no planejamento e na execução dessas políticas, o presente trabalho dedicou-se a analisar o Programa de Promoção de Igualdade Racial e Superação do Racismo, sob responsabilidade Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, no Plano Plurianual 2016-2019. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa documental, na qual se buscou, além compreender os conceitos de temas ligados às comunidades, como desenvolvimento, território, etnodesenvolvimento, o estudo do planejamento e da alocação orçamentária para efetivar a política de igualdade racial, no âmbito federal, durante o período do PPA 2016-2019. Os resultados demonstraram que o planejamento contemplou duas ações voltadas para o desenvolvimento local dessas comunidades. Além disso, verificou-se que os valores previstos no PPA não foram alocados em sua totalidade na Lei Orçamentária Anual – LOA, o que comprometeu sua execução. Ao final, a pesquisa constatou que, apesar de ter sido elevada à condição de política de Estado, com dotação orçamentária própria e haver no planejamento o reconhecimento das diferenças culturais e a previsão de redistribuição de riquezas a execução não se mostrou adequada para garantir às comunidades quilombolas o desenvolvimento necessário para não mais dependerem de políticas paternalistas.","PeriodicalId":273127,"journal":{"name":"Revista Internacional de Folkcomunicação","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Internacional de Folkcomunicação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5212/rif.v.21.i46.0008","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Para o desenvolvimento das sociedades tradicionais, em especial das comunidades quilombolas, em função de suas próprias necessidades e particularidades é importante a participação do poder público. Assim, políticas públicas específicas e alinhadas com suas realidades, são importantes instrumentos para promoção do desenvolvimento socioeconômico local. Com objetivo de identificar e de analisar a participação do governo federal no planejamento e na execução dessas políticas, o presente trabalho dedicou-se a analisar o Programa de Promoção de Igualdade Racial e Superação do Racismo, sob responsabilidade Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, no Plano Plurianual 2016-2019. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa documental, na qual se buscou, além compreender os conceitos de temas ligados às comunidades, como desenvolvimento, território, etnodesenvolvimento, o estudo do planejamento e da alocação orçamentária para efetivar a política de igualdade racial, no âmbito federal, durante o período do PPA 2016-2019. Os resultados demonstraram que o planejamento contemplou duas ações voltadas para o desenvolvimento local dessas comunidades. Além disso, verificou-se que os valores previstos no PPA não foram alocados em sua totalidade na Lei Orçamentária Anual – LOA, o que comprometeu sua execução. Ao final, a pesquisa constatou que, apesar de ter sido elevada à condição de política de Estado, com dotação orçamentária própria e haver no planejamento o reconhecimento das diferenças culturais e a previsão de redistribuição de riquezas a execução não se mostrou adequada para garantir às comunidades quilombolas o desenvolvimento necessário para não mais dependerem de políticas paternalistas.