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Abstract
Os estudos sobre as relações de gênero e a expansão do feminismo no Brasil tiveram um avanço significativo na década de 1970, período em que a geografia crítica, na tentativa de apreender os espaços sociais, expande o seu campo conceitual, sobre as relações de gênero e o feminismo, dando origem à denominada geografia feminista. No espaço rural, esses estudos buscam compreender as relações de gênero, sobretudo na agricultura familiar, nas relações de trabalho no campo e nos acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nessa perspectiva, esse trabalho pretende analisar as relações de gênero, que envolvem uma mulher acampada no munícipio de Campo do Meio-MG, considerando suas principais dificuldades e seus prováveis mecanismos de superação. Os resultados da pesquisa identificaram muitas dificuldades, ideias de estereótipos sobre as mulheres e falta de autonomia delas dentro do próprio MST, mostrando que ainda existe um longo caminho para ser percorrido em busca da valorização e reconhecimento da mulher no campo, incluindo assentadas e acampadas. No entanto, essas mulheres avançam, em termos de participações em órgão representativos no movimento, na organização dos acampamentos e fortalecimento do Coletivo Mulheres Raízes da Terra, como é o caso da mulher relatada nesse trabalho.