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Abstract
A política externa alemã voltada a Moscou durante o governo Merkel foi criticada por não ter dissuadido a Rússia a não cometer novas agressões contra a Ucrânia. O objetivo do artigo é analisar em que medida a Chanceler alemã errou na condução de sua política externa em relação à Rússia levando em consideração a Ostpolitik (uma política de Estado da Alemanha Ocidental direcionada ao Leste Europeu), a interdependência entre Alemanha e Rússia no setor de energia (com a participação de companhias de gás natural de ambos os países) e a função de ator mediador exercida por Berlim na crise de Ucrânia, com as assinaturas dos acordos de Minsk no âmbito do Grupo de Normandia. O método empregado é o process tracing, para análise da trajetória causal dos fatos ligados a Ostpolitik, a interdependência e a mediação. Conclui-se que Merkel errou em não reduzir a dependência alemã do gás natural russo, no entanto, a atuação geral da política externa da Alemanha não foi errônea ao considerar as relações com a Rússia no longo prazo, para a construção de uma arquitetura de segurança europeia mais estável.