{"title":"\"Quadrados burros\", \"espinhas de peixe\" e outros caminhos no meio rural amazônico","authors":"M. Cordeiro","doi":"10.48006/978-65-87289-16-8-11","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo desse artigo é compreender as trajetórias e narrativas dos deslocamentos de famílias beneficiárias das políticas públicas militares de acesso à terra entre as décadas de 1970 e 1980. Os dados etnográficos foram construídos a partir de pesquisas realizadas em dois estados da Amazônia brasileira: Rondônia e Roraima, centrando na apreensão nativa das categorias terra, família e deslocamento. Essas noções descrevem não somente esta história de colonização, mas também um modo de existência próprio dos chamados “pioneiros” e de suas famílias, profundamente articulado aos movimentos. Mais do que simplesmente descartar a noção de migrante, o intuito foi problematizá-lo como um processo social ou um “fato social total”, para utilizar os termos maussianos citados por Sayad (1998, p. 16).","PeriodicalId":150511,"journal":{"name":"Antropologia das mobilidades","volume":"149 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antropologia das mobilidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48006/978-65-87289-16-8-11","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo desse artigo é compreender as trajetórias e narrativas dos deslocamentos de famílias beneficiárias das políticas públicas militares de acesso à terra entre as décadas de 1970 e 1980. Os dados etnográficos foram construídos a partir de pesquisas realizadas em dois estados da Amazônia brasileira: Rondônia e Roraima, centrando na apreensão nativa das categorias terra, família e deslocamento. Essas noções descrevem não somente esta história de colonização, mas também um modo de existência próprio dos chamados “pioneiros” e de suas famílias, profundamente articulado aos movimentos. Mais do que simplesmente descartar a noção de migrante, o intuito foi problematizá-lo como um processo social ou um “fato social total”, para utilizar os termos maussianos citados por Sayad (1998, p. 16).