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Abstract
O objetivo deste artigo é tecer algumas conexões entre feminismos latino-americanos e africanos (focados em Moçambique) que emergem de entrevistas e referenciais teóricos acerca de encontros, desencontros, aproximações e distanciamentos dentro do campo do ativismo e dos estudos de gênero e feministas nos territórios de África/Moçambique e América Latina/Brasil, a partir de uma perspectiva decolonial e das narrativas que fazem uma crítica ao feminismo hegemônico, tanto acadêmico como ativista. Assim, buscamos trazer os níveis de circulação de saberes e conhecimentos entre os dois continentes, que emergem de intercâmbios culturais na globalização, diálogos e vivências de pessoas que estiveram em ambos os mundos, as influências dessas interrelações para a articulação dos feminismos globais a partir de conexões entre as resistências epistêmicas e de luta por direitos no âmbito do Sul-Sul.