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Abstract
Lluis Checa, o poeta visual que vem fotografando as transformações do bairro e assina as imagens desta reportagem, é um dos artistas de raiz do Poblenou. Seu coletivo, La Fundició, permanece ocupando um antigo galpão industrial cedido pelo avô de um dos integrantes. “Viva a crise!”, diz ele quando adentramos o espaço, “se não fosse por ela, não estaríamos aqui”. Checa reconhece que a renovação tem aspectos positivos. “Há 20 anos, o único espaço verde que tinha aqui era o cemitério. Mas quando o vejo o símbolo 22@ me dá raiva, pela arrogância que tiveram em passar por cima das pessoas.” Ele se refere à agência 22@, órgão gestor formado por representantes do poder público, do setor privado e das universidades, que para Leite é a grande sacada, porque permite a continuidade blindada de oscilações políticas. O professor, no entanto, alerta que a valorização imobiliária exponencial pode fazer da gentrificação o calcanhar de aquiles do projeto. A palavra especulação aparece até hoje nos protestos de moradores, expostos em faixas penduradas nas janelas. É um mal-entendido, próprio de uma comunicação expulsão de moradores. Como medida de mitigação, a prefeitura ofereceu 1.500 moradias de proteção oficial, em que pessoas de baixa renda pagam pelo direito de habitar durante 75 anos, transferível a seus descendentes