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Abstract
As disciplinas de história e antropologia no mundo todo tem como aliadas, entre outras, a arqueologia quando o objetivo é recuperar entre outros aspectos as diferentes materialidades dos povos colonizados. Calcados em trabalhos interdisciplinares tanto a cultura material, como a própria territorialidade, parte da memória atlântica e as profundas transformações identitárias estão sendo resgatados no contexto da chegada e permanência de milhões de africanos e afrodescendentes no período colonial brasileiro. Aquilo que outrora poderia ter sido um rompimento com uma memória de uma certa “África perdida”, recuperar-se-á pelo trabalho da arqueologia histórica e etnoarqueologia. Por meio de uma seleção pontual e não exaustiva e com objetivos de fomentar a discussão do problema, faremos aqui um panorama preliminar sobre alguns dos desafios para resgate arqueológico de materialidade e memória de herança africana no Brasil. Por fim traçamos um paralelo entre a destruição de sítios ao embotamento da memória provocada pela interpretação apressada do cruzamento de iconografias africanas e afro-brasileiras ou de alguns resultados científicos.