ASSOCIAÇÃO ENTRE A PANDEMIA DA COVID-19, QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL ENTRE ENFERMEIROS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE BOA VISTA, RORAIMA
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Abstract
A Unidade de Terapia Intensiva consiste em ambiente de trabalho de alta complexidade tecnológica, que pode gerar estresse na equipe de enfermagem, desfecho incrementado durante a pandemia da Covid-19. Assim, o objetivo do estudo foi identificar a associação entre a pandemia da Covid-19, qualidade de vida no trabalho e estresse ocupacional entre enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva de Boa Vista, Roraima. Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, de delineamento transversal e abordagem quantitativa com 36 enfermeiros(as) de um hospital de referência em Roraima. Os participantes responderam um questionário sociodemográfico, profissional e dos aspectos e sentimentos/comportamentos durante a Covid-19, o Total Quality of Work Life-42 e a Job Stress Scale. Os dados foram tabulados em planilhas do Excel e analisados a partir do software JAMOVI®. Os resultados preliminares indicam que 91,7% tiveram diagnóstico positivo para a Covid-19, e mesmo com aumento na demanda de trabalho (97,2%), cansaço (94,4%), insônia (63,9%), irritação (72,2%) e medo (91,7%), não se sentiram valorizados (69,4%) e não receberam apoio (83,3%), o que pode ter refletido nos níveis insatisfatórios das esferas biológica/fisiológica e econômica/política na qualidade de vida laboral, e um discreto nível de satisfação no geral. Referente aos scores de estresse, os participantes apresentaram alta demanda psicológica (15,1) e alto controle (18,4), o que se traduz como um trabalho ativo. Verifica-se que as vivências dos participantes no cuidado crítico durante a pandemia influenciaram na percepção do trabalho, e que, mesmo tendo um trabalho ativo considerado menos nocivo, a longo prazo pode se tornar negativo.