Natália Froes Santos, Eder Marques da Silva Eder Silva
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Abstract
Esta pesquisa reflete sobre os princípios conceituais, estéticos e ancestrais presentes na performance dos corpos negros na dança e nos processos de criação envolvendo a tessitura espetacular da corporalidade negrodescendente. O referencial teórico parte de três pensadores negros contemporâneos com contribuições para os diálogos tecidos neste estudo: Marcos Antônio Alexandre (2017) e os estudos sobre a cena negra emergente, Leda Maria Martins (2007) e os apontamentos sobre as afrografias no âmbito das artes cênicas e Muniz Sodré (2017) junto ao movimento epistemológico provocado pelo “pensar nagô” e os seus desdobramentos tangenciados pelas artes da cena. O processo de criação das obras artísticas Escurecer (2019) e Iyás: o encontro das águas (2021) pluraliza e tensiona as discussões a partir dos diálogos dramatúrgicos propulsionados pela pesquisa em relação à poética e à fundamentação estética destes dois trabalhos de dança que perpassam a invisibilidade do negro na cena, a identidade afrodiaspórica, o racismo e a resistência cultural.